Sei que o último post foi muito sentimental, além disso, andei desaparecido um mês, por isso decidi postar mais uma entrada no blogue.
Não é que seja falta de argumentação, foi mesmo a falta de tempo.
Sempre reparei que nestes instantes em que o ponteiro dos minutos do meu relógio se prepara para avançar, senti uma pequena tremedeira escriturária; a minha hesitação foi logo argumentar.
Desde cedo, aprendi a importância do trabalho "trabalhar no duro" que foi um instrumento de ascensão social por minha excelência.
A minha dualidade está perplexa em não ter argumentado nada nestes últimos dias. Por assim ser, resolvi escrever para satisfazer os meus fãs =).
Claro que com esta oportunidade de argumentar está conducente à verdade necessária.
Os meus vocábulos não são assim tão complicados e sim, de certa maneira, uma linguagem corrente que voga profundamente o meu e o vosso Intelecto virtual e não, o imperativo categórico do publish or perish, do publicar por publicar – ok.
Disse anteriormente num dos meus outros blogues, que a pluralidade de sentidos das palavras LOGOS está na origem da constituição simultânea quer da lógica quer da retórica e que a análise do discurso racional se originou numa dupla direcção:
Da demonstração ou a da argumentação, consoante se visa uma verdade universal e necessária ou uma verdade relativa e plausível.
A primeira via foi a lógica; a segunda foi a retórica. A actual teoria da argumentação retoma assim uma tradição que a antiga retórica, escorraçada da filosofia por Platão, tinha assumido: o estudo do raciocínio provável e do discurso convincente.
A lógica foi identificada com a lógica formal e a partir de LEIBNIZ a lógica formal foi sendo progressivamente identificada com a álgebra (como vocês já o sabem =) ), o que significa que se quis reduzir o pensamento válido unicamente ao pensamento que procede segundo as regras do Cálculo.
Ora, foi contra esta tendência reducionista e matematizante da lógica que se levantaram alguns pensadores contemporâneos que revalorizaram a dimensão filosófica da argumentação: “A publicação de um tratado dedicado à argumentação e a sua filiação numa antiga tradição, a da retórica e da dialéctica grega, constitui uma ruptura com uma concepção da razão e do raciocínio … que marcou a filosofia ocidental dos três últimos séculos”.
Portanto, a demonstração foi entendida por semelhanças com as provas matemáticas e identificada a um Cálculo.
Na demonstração as operações lógicas foram separadas do conteúdo do raciocínio.
A argumentação, ao contrário da demonstração, opera com justificações e razões não constrangedoras. A actual teoria da argumentação retoma a antiga tradição da retórica clássica.
Em suma, a demonstração foi confinada à lógica, a argumentação à retórica clássica.
Para o mais leigos, a demonstração é apresentar provas lógicas irrecusáveis, é encarar juízos/proposições de tal modo que a partir do primeiro se é racionalmente constrangido a aceitar a conclusão.
A Demonstração diz respeito à verdade de uma conclusão tida como consequência necessária das premissas, se é se me fiz entender =).
Já na Argumentação é apresentar razões prós e contras uma tese é dar os “motivos” racionais em que se funda uma determinada posição.
Uma teoria da argumentação terá por objecto o estudo das “técnicas discursivas que permitem provocar ou aumentar a adesão dos espíritos às teses que são apresentadas para o seu assentimento”.
Para quem não sabe o que é a Retórica, clique ( aqui ).
Para o post não ficar mais extenso, falarei mais tarde em todos processos de comunicação nos perdidos e achados lool.
To Be Continued
Ante-visão do próximo post:
No momento desconhecida (-_-)
Sem comentários:
Enviar um comentário